quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

... ano novo!!!... (antiga)



... mais um ano se inicia com perspectivas desanimadoras, desesperanças que teimam, futurologia que não adivinha, resultado duma série de desencontros que se acumularam, acumulam ainda sobre uma região que é um País, velho, de larga história, séculos e séculos de acontecimentos que deram tudo, cantando mágoas e dores, escrevendo em desvario numa auto-flagelação constante de quem pretende e não alcança, imaginando como seria caso a transparência funcionasse numa equidade justa que se não pratica, que privilegia os que, por trancos e barrancos, se alçaram a lugares de relevo, impedimentos que sobressaem como verdadeiros abcessos, conhecidos e incomodativos, protegidos de ventos contrários, dentro das leis que pensaram, aprovaram, tentam manter, apesar de...

... utopia duma ideologia social que se retalha, vende, se deixa permissiva a desvarios insensatos, simples costa ocidental refém dos dinheiros que cativam os mais fracos, rendidos aos sabores dos luxos e prebendas fartas que lhes ofertam, desfrutando lugares que ocupam, de passagem, lufada bafienta ou promissora, consoante a origem, as intenções de quem os faz soprar, esquecendo obrigação primeira, dever de quem usa e abusa, à ligeira, daquele sentido pátrio que não pratica, o seu serviço aos outros neste Portugal que se não encontra, sebastianista incréu que se prolonga, ridículo e quixotesco com tantos moinhos de vento, fantasmas que se alteiam ameaçadores, enormes perante os que têm fome, carentes em demasia ao invés dos que se enfrentam por uma maquia, além da que já possuem, fiéis a maus princípios interesseiros, pavões elitistas de curtas vistas!!!...

... famílias políticas que se digladiam, exemplos que não dão, outros que publicitam alguns rostos de proeminentes que, por mérito próprio e muita garra, esforço individual, valores mui pessoais deram brado nesta Europa que se não conhece, se deseja, se enfeita com cores absurdas, escurecidas por conluios e partilhas de alguns menos dotados!!!... Ínvios nas estratégias que traçaram lá se vão projectando, firmando sobre todas as outras qualidades que se enterraram, se esqueceram, aborreceram... dogmas passadistas esborrachados sob o peso dos mercados, políticas economicistas, desvarios imperialistas doutros pedaços mais influentes em superfície, em população, em armamento bélico, potências que abrem os olhos quando nos indispomos ou variamos, blocos como dantes, tão constantes, hábitos antigos!!!...

... quem diz que não, guerras por todo o lado nesta fera globalização, condão de quem comanda, de quem organiza e mata, espia e contém, não é ninguém, fidelização canina... como diz o buldogue daquele calhau de luxo algures no Atlântico ou em contramão!!!... Duas saídas, duas posições, vegetando e augurando umas migalhas, prestando algum servicinho de ocasião com recompensa pressurosa ou deitado às feras, sem guerras e isolados nuns recantos onde se vai gritando um pouco, ainda, quase como um estrebuchar aflito dos que vão falecendo, embora crendo!!!... Resistência, ataque, imaginação, conclusão, simplismo, complexidade... anuência com subserviência, ordem mundial, terror e pavor dentro ou fora da lei instituída num Mundo que poderia ser mais aberto, solidário e afecto em relação aos que o compõem, pessoas diversas, finitas, iguais, com teres ou vazios, perversas ou com fomes, calda explosiva que se não aquieta, inquieta, provoca atritos, confrontos com baixas sanguinolentas, espectáculo dantesco, inferno contínuo!!!...

... sempre assim foi, dizem... gerando riqueza criam empregos, criam bem-estar, logros que não colam, falácias de quem pensa que ainda seduz quando as produz, cumulativos empilhadores de muitos haveres, seduções insanas de sereia homérica de quem nos engana, duplicação de influentes que se erguem nos egos que têm!!!... Quanto mais têm mais querem, roda sem termo, ciclo vicioso nada formoso que dispara por aí... atropelando tudo e todos, vontade férrea que também verga, que também gasta, que também passa, questão de tempo... pequeno momento, incerteza de quem já não consegue ser, fantoches que bailam dança mórbida, atroz, anquilosados pela idade, pataratas dum pensamento inútil em prol dos que nunca tiveram, adonados de pouca coisa... tendo tudo, aparentemente, pouca gente!!!...

... ano novo, vida nova???... Penso que não porque os que estão como estão... estão de pedra e cal, não descolam, tomaram-lhe o gosto, afeiçoaram-se à “dolce vita” pois então!!!... É vê-los, como novelos... enrolados uns nos outros, por esse Mundo fora, com sorrisos abertos, confessos quando se mostram e rebolam, convencidos do que não têm, não são, aparências e insistências numa enormidade que se forma sobre base densa e informe que se adensa, compacta e não disfarça, envergonha seus feitores, autores ou cúmplices de barbaridades que me fazem disparar de indignação, não engolindo, fugindo de mim próprio quando me isolo, me disfarço sob manto protector, escritas minhas, confissões a que me afeiçoei, choros continuados de tantos pecados (... bons bocados para alguns!!!...) cometidos, que se cometerão em vão!!!... Amálgama que me confunde, aversão que vou sentindo no ano que finda, no que se inicia sem fantasia, na vida apática que se perspectiva para a grande maioria sem cheta, na vida airada duma minoria que se farta, não gasta, não se afasta, se mantém!!!...

... concomitantemente e apesar de... tento fazer de conta que, afinal não está tão mal como parece, ainda tem solução, desde que... é evidente!!!... Expectante como sempre, na saúde, na educação, na justiça, na segurança social... no emprego bem remunerado e seguro, na luz ao fundo do túnel, no cantinho mais equitativo, justo, como membro efectivo do clube dos ricos desta Europa que não atende aos desejos dos cidadãos, quando impõe o que bem entende, esquisita qu´ela é!!!...

... ah, é verdade!!!... O excelso mais excelso ainda não está satisfeito com o estado da economia, com outras coisas mais que... aborda, como se nada!!!... P´rós fumadores iniciou-se um novo ciclo que, atendendo aos sacrifícios que fazem para satisfazer o vício, aconselharia a deixarem de fumar, simplesmente!!!... Perante os desacatos dos mais elevados, convém dizer aos da governança que as cadeias também servem para eles, quando prevaricam e lesam o ESTADO no erário que é de todos, políticos e ricos, públicos e privados com os seus bons bocados não achados, esquecidos ou considerados como... fundos perdidos!!!... Vai sendo tempo, caramba!!!... Haja decência!!!... Sherpas!!!...

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