quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

... Sebastião ou... extraterrestre!!!... (antiga)



...sempre aguardámos, com esperança, o regresso do desejado, do rei moço, de sangue quente, do irresponsável jovem, de cabeça cheia com grandes feitos de cavalaria, de guerras e de montarias, prenhe de vontade sanguinária, tal como os seus ancestrais, os do passado, que, à base de cacetada, de golpes fortes e duros, com armas daqueles tempos, em lutas de corpo a corpo, olhos nos olhos, de frente, chacinaram a moirama, em terras africanas, sob um falso pretexto, espalhar a fé cristã, usando como meio, os cruzados, pois então...pobre dele, coitado, desaparecido na voragem daquela guerra perdida, a de Alcácer Quibir, onde, cedo, se partiu desta vida, tão moço e...convencido, que era essa, sua missão, como devoto, guerreiro e...cristão...no País abandonado, nunca se esqueceu aquele louco, visionário, jovem guerreiro, sanguinário, por herança, desaparecido, bem moço, na voragem provocada por ele, pela fé, por uma religião com bases tão discutíveis, na moirama, nas Américas, nas terras africanas, no próprio território, onde, os que não convencia, mandava queimar, com intenção, por ordens da inquisição...outros tempos, tempos difíceis, dos quais, o Papa presente, numa de remissão, por vezes, pede perdão...entre desejados, desaparecidos, entre religiões, com tantas culpas, no meio de políticos que não provam, incapazes e trapalhões, a quem solicitar ajuda, a quem pedir auxílio, para quem nos poderemos virar???...Sei lá, talvez, porque não???...Alguma nave espacial, pejadinha de extraterrestres, com poderes e soluções para os nossos males que, são tantos, cada vez mais se avolumam e não encontram um final...esperemos que tal aconteça, nestes milhares de anos mais próximos, ou talvez uns bons milhões, há que manter a esperança, não no D. Sebastião, nem nos santos que invocamos, talvez no E.T. do Spielberg ou noutro marmanjo qualquer, daqui por...uns largos milhões de anitos, bem terrestres... uma insignificância, talvez como:



- Num céu pardacento/de nuvens espessas, dispersas/dum dia sem vento/sem sons, sem conversas/surgiu uma nave/comprida, oval/tal como uma ave/no seu meio natural/esvoaçava sem esforço/dum lado para o outro/com rápida velocidade/fora da realidade/fazia-nos pasmar/pelo irreal da situação/pelo insólito, inesperado/por nos fazer pensar/que seria a ocasião/o momento tão esperado/por todos os terráqueos/desde há muito, muito tempo/da era dos répteis, dos batráquios/das construções, dos monumentos/erigidos às divindades/desconhecidas, prepotentes/disfarçadas de inverdades/totalmente ausentes/dos seres desprotegidos/nesta Terra sem futuro/bem confusos, perdidos/nas falsas fés, no impuro/nos desmandos naturais/próprios de brutas feras/os chamados racionais/em cruéis, loucas guerras/que não têm um final/porque não surgiu o Messias/numa nave espacial/ao longo de tantos dias/anos, séculos, milénios/que nos dessem, como prémios/ansiadas fantasias/como a desta nave veloz/que está por cima de nós/parecendo prometer/o esperado milagre/dos que, no seu viver/ouviram falar ao padre/ao cardeal, ao bispo/dum feito, nunca visto/dum ser sobrenatural/que viveu, como igual/no meio da humanidade/pregando toda a verdade/durante trinta e tal anos/até à crucificação/feita pelos romanos/com o apoio dos judeus/o próprio filho de Deus/com provável ressurreição/ do mundo dos mortos/dos direitos, dos tortos/no julgamento final/dum SER espacial/que nos virá visitar/num dia pardacento/sem barulhos, sem vento/numa nave inesperada/comprida, ovalada!...

...seria um bênção, um deslumbramento inesperado, aqui e em qualquer lado, um acontecimento que resolveria, não os nossos problemas, os dos vulgares, anónimos cidadãos actuais, pois, pelos vistos, condenados estamos, por estes e por muitos mais,(anos, pois então) enquanto tudo estiver controlado, nas tv,s e nos jornais, com papagaios bem amestrados, aos que convém manter, com pouca dignidade e moral, o devidamente instituído, mesmo partido aos bocados, queimado sem remissão, sem responsáveis assumidos, fracos, debilitados, agarrados, com toda a força, ao Poder estraçalhado, desta República bacoca, com populistas deslumbrados, bocarras de assombro e pasmo, lá para a Madeira atlântica, com muitos velhos do Restelo (como eu), Sebastião desejado(como esperança), religião controversa e frágil(com muitos pecados), com ministros que se escondem e fogem(passam de fugida, ninguém os vê), que calam e tudo consentem, porque gostam e se sentem, carreiristas fulminantes, tanto agora, como dantes!!!...Só nos resta...aguardar, para os nossos remotos descendentes, a visita dessa nave, a solução, a maior, para todas as maleitas deste cantinho parado, dessa nave inesperada, comprida e...ovalada... Sherpas!!!...

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