sexta-feira, 8 de agosto de 2008

... flores e... morangos!!!...

… e vós, inocentes,
criaturas apalermadas,
que seguis, atentamente,
flores e frutos apetecíveis,
jungidas sob batutas obscuras,

enganadas,
diminutas,
não formadas,

pequenos cérebros que desabrocham,
valias que não aproveitam,
se esfumam,
enquanto as embalam,
maviosos, sedutores,
canções harmoniosas,
imagens de espanto,

indutoras,
não belicosas,
redutoras,
representações mistificadoras dos senhores,

pós, mágicas de encantar,
na caixa,
vergônteas que se ludibriam,
sem pudor,
que tudo aceitam,
tudo encaixam,
imbecilizadas,
conduzidas… quando levadas!!!...

… quanto me chago,
quando me oponho,
me envergonho,
pais que sois como os mais,
participes deste jogo ignóbil,
normal o encontrais,

quão vil,
sórdido, abjecto,
não concreto,

entretenimento com espavento
de quem delas se aproveita,
brinca,
ludibria,
criaturas que não entendem,
que recebem,
desmesurados manifestos,
floridos encantados,
frutos repletos,
tão completos,

estupidificantes na essência,
indecência,
massa que se vai moldando,
enganando,
alegoria abrangente,
sob aspectos,
os mais diversos,
sociedade amorangada,
tristes flores que vão murchando,
tempos de engodo,
maltratadas no que de mais belo possuem,
a eito,
a rodo,

quando evoluem
nos saberes aberrantes,
desnecessários,
festas, aniversários,
alegria descontrolada,
fantasias que se alongam
que se adentram,
que calcam,
recalcam pensamentos,
quase dementes,
os inocentes!!!...

… as portas que Abril abriu,
parafraseando poeta,
sabedor, esteta,
nunca tal coisa se viu,
vão-se cerrando… lentamente,
pobre gente,
por ganhos, por lucros,
feros e brutos,
cabeças feitas,
cheias as mentes
floreados constantes,
morangos… extravagantes!!!... Sherpas!!!...

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