sexta-feira, 2 de maio de 2008

... mamões!!!...



... nem florista, nem hortelão,
tão pouco adonado de grandes saberes,
botânico de mérito,
conhecedor profundo de frutos, de flores,
simples curioso que repara,
que aprecia,
que compara,
que deprecia num melão, numa melancia,
num mamão,
numa rosa com espinhos que lhe dão,

nos pobres sem teres,

nos ricos dos haveres,
criando arguidos,
abrindo inquéritos,
escondendo horrores,
disfarçando,
pilhando,
constante da vida de quem se cria no cimo,

não reparando nas plantas rasteiras que alongam ramas, folhas, dão frutos,

naquilo em que me baseio,
afirmo,
embora parecidos, tão diferentes,
creio,
consoante o gosto, consoante o uso,
árvores, arbustos, carica papaia, um senão,

melancia refrescante,
vermelhidão
que impressiona,
com picos que deixam marca,
rosa que delicia o olhar,
sabor exótico duma anona,

não se comparam,
bem distintos,
quase iguais,
não reparam,
climas temperados, tropicais,
rasteiros, ali à mão,
como outros mais,

mangos, cajus, abacates, anonas, mamões

pequenos, de grandes dimensões,
cumulativamente, bem juntinhos num montão,
cocos diversos lá no cimo,
papaias ou mamões,
quebrando cabeças quando caem,
maduros, saborosos,
tornaram-se quase triviais,
diferentes como as gentes
não vulgares
como os melões,
bem na mira dos capitais,
mais glutões,
quando se dão ares,
bem no alto das árvores,

palermas de corpo inteiro,

sabores que importámos
quando os comemos,
tão parecidos que são,
daí a confusão
mas, melões... não são mamões,
no declínio, apodrecimento,
tornam-se iguais novamente,
dissolvem-se as ilusões,

nas semelhanças, comparações!!!... Sherpas!!!...

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