quarta-feira, 16 de abril de 2008

... por falar de história!!!... (antiga)




… por falar de história, de história de Portugal, do primeiro rei, do Afonso, de tantos outros, das dinastias, do interregno, do antes e do depois… de tudo isso, já passado, com resmas de guerreiros, de heróis, de santos, de servidão, por parte dos desgraçados, do vulgo, do Povo… subjugados pela nobreza e pelo clero, mais tarde pela burguesia, surgida logo após as descobertas, com as negociatas, com excessos de dinheiros, grandes feitos de alguns reis, de outros tansos, inocentes, tontos, piedosos, poetas e lavradores, navegadores… não navegando, incumbindo, aguardando seus frutos, depois de aplicados alguns fundos em barcaças, por esse Mundo fora, dum certo laxismo em relação aos ditos, aos pagantes dessas extravagâncias, ao longo de séculos, com percalços, com guerras, invadidos, roubados pelos Filipes, depois do rei menino e moço, aloucado com as aventuras das cavalarias, das cruzadas, num Alcácer Kibir… sua desgraça e nossa, também, baralhando tudo, sem respeitar cronologias, amarfanhando no mesmo saco os eleitos, como sucessores, filhos primogénitos do rei em funções, com amores e desamores, crimes horrendos… justificados por paixão, desencontrada da prometida, da vinda de Castela, com liberalismos em Portugal, com desencantos no Brasil, com Napoleão às portas, com desastre na ponte das barcas, lá para as bandas do Porto, com fuga da família real para terras de Vera Cruz, com desfile faustoso, inusitado, obsequiando o Papa, com produtos e animais exóticos, um espanto, com independência do Brasil, após o grito do Ipiranga, quantos saltos dou, meu Deus… com rainhas fazedoras de milagres, são rosas Senhor, com escravos comercializados como se foram burros ou bois, animais de carga, com aliados esquisitos, numa velha e duvidosa amizade, aliança lhe chamam, com mapa cor de rosa, com gamanços de toda a ordem e espécie, com armadas invencíveis, nossa desgraça, com reis eloquentes, sábios, por vezes, façanhudos e apestosos, cruéis, formosos e foleiros, de rendinhas à maneira, elegantes como o Rei Sol, o de França, primo afastado mas… primos, com regicídio, nos tempos de Carlos, o primeiro, ali pertinho do Paço, com Camões, o patriota, muito antes, em 1580 que, de tanto gostar da Pátria, não se contentou de viver nela, morreu com ela, bonitas palavras de poeta, tenho que acrescentar, ideias minhas, ruminações, conjecturas… que nos tempos em que leccionava, em que era docente no ensino primário, 1º Ciclo do Ensino Básico, mais bonito o nome, este último, os meus alunos, papagueavam a história toda, sem erros, em profusão… com compreensão!!!... Sabiam-na e ainda hoje, quando os encontro, já homens, com filhos homens, acham estranho, abusivo até… que gentes com cursos superiores, em certos concursos de televisão, não saibam responder a perguntas corriqueiras, relacionadas com os nossos antepassados, os mais excelsos… os bravos, os guerreiros, os heróis, os santos!!!...

… não quero minimizar algo, de tão grande… incomensurável, como os oitocentos anos de existência, como Nação, nesta misturada muito minha, sem intenção, sequer!!!... Tão pouco os nossos primórdios, tempos muito mais recuados, local predilecto de gregos, de fenícios para trocas comerciais, muito antes, tempos longínquos nos paleolíticos, nos neolíticos, ainda em cavernas, os autóctenes, os que, quando as condições climáticas não eram as melhores, nos seus ócios, se entretinham a fazer figuras nas pedras, nas rochas, em parceria, quanto a companhia, claro… com os dinossáurios, ali ao pé, gigantes, os figurões!!!... Mal falávamos, fomos desenvolvendo, vivendo e sofrendo, usufruindo, uns com os outros, agregados em castros, sujeitos a devassas de tantas raças, povos diversos, vindos doutros locais!!!... Celtas e iberos, junção, formação primeira dum certo Lusitano, do qual… dizem, descendemos!!!... Quanta atenção, quanto empenho, quanta vontade de saber, ao longo das aulas de história, na primária, ainda pequenos, alunos do meu passado… quando lhes falava dos montes hermínios, do Viriato, da defesa contra o invasor, o agressor, o romano… o que se instalou, o que romanizou esta Península de histórias mil!!!... Povos bárbaros do norte, suevos e alanos, vândalos, visigodos, miscelânea, mistura que deu no que deu!!!... Mais uns pozinhos do norte de África, da moirama, gente culta, com muitas artes, bastante mais evoluída do que os do norte, agora apontados, com desprezo, aquando das rivalidades futebolísticas, quanto a artes de construção, astronomia, medicina, agricultura, entre outras tantas!!!... Foi essa gente que foi combatida, com denodo pelo Afonso primeiro, aquando da expansão!!!... Cá volto ao teu, meu caro… sou assim quando me ponho a discorrer, não tenho jeito, não tenho tino, como fala-barato, escrevinhador compulsivo!!!... Mas, para colocar os factos no sítio certo, temos sempre os historiadores, sábios e doutos como José Matoso, Herman José Saraiva, entre outros!!!... Quanto a mim, quanto a ti… deixa-me explanar, tenta ter alguma paciência, não leves a mal, sou assim!!!... Passagens negras do nosso passado, relacionadas com cruzadas na terra do infiel, assim o apelidavam, na altura, com inquisições, por feitiçarias e bruxas, por religiões, na perseguição feroz aos judeus, os novos e os que, pela força das circunstâncias, tiveram que fugir, outros… disfarçaram-se, os marranos, quedando por cá, como se nada!!!... Inclita Geração, dum João… nascida, descobertas do que já existia, do que era desconhecido para esta Europa atrasada, aventura, agrura, mau bocado, tempestades, fomes e sedes, incertezas, bons negócios, partilha, num tratado de Tordesilhas, um Cabral, um Gama, um Colombo… quanto tombo, meu Deus!!!... Roubos imensos por parte de ingleses, de holandeses, de espanhóis!!!... Fomos donos, somos tesos, revezes… às vezes, quase sempre!!!... Epopeia, narração, só ao alcance duma pena, a de Camões, com os seus fantasmas, Deuses e Deusas, com os seus amores, com os seus penares, com os seus Lusíadas!!!... Povo irrequieto, inquieto… tal como agora!!!... Ainda não nos encontrámos, somos assim, somos fortes e tenazes, construtores, fazedores, integrados em qualquer sociedade, em qualquer latitude… como atitude!!!...

… e matámos a monarquia, implantámos a primeira República, andámos à nora, tivemos elevados pensadores, estadistas de corpo inteiro, uma resma de Presidentes… alguns, assassinados, dislates, revolta e… um cartola, lá de Santa Comba, por cá poisou, se instalou num Estado novinho em folha, petrificou, ao longo de quarenta e tal anos, massacrou todo um POVO, imbecilizou-o, de tal ordem que os estragos, ainda agora, se sentem, para nosso mal!!!... Veio o dia risonho, naquele Abril de 1974, arredou-se o malévolo, regime de má memória, instarou-se a democracia, vai para trinta anitos e piques!!!... Surgiram partidos, surgiram políticos, com ânsias tamanhas, uma espécie nova de ricos, os NOVOS, imbecis de pouca monta, tudo quiseram, só para eles, esqueceram os valores, os princípios, a moral, fizeram mal… esqueceram a história, a NAÇÃO, os OITOCENTOS ANOS, deram no que deram, pois então!!!... Pode ser que se encontrem, que se limitem, que tenham consciência dos males cometidos, que invertam o caminho!!!... Expectante me encontro, como sempre mas… agora, desculpa lá, vamos ao que te propuseste, vamos com calma, mais devagar, aos poucos… vamos falar dos nossos reis, começando pelos condes D.Henrique e Dª. Teresa, nos tempos do Condado Portucalense, amantíssimos pais duma criancinha, nascida lá para as bandas de Guimarães, provento nosso e… digno berço da nacionalidade!!!... O Bravo, o Guerreiro, o Conquistador, o Fundador, o Expansionista… o que lhe queiram chamar, com o devido respeito, claro!!!... Abraços do Sherpas!!!...

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