segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

... no cantinho da insensatez!!!...

… no cantinho da insensatez,
era uma vez,
numa irmandade muito unida,
de passagem, de fugida,
sem anel, sem poder,
fazendo o gosto ao dedo,
só para inglês ver,
num faz de conta de medo,
mostrando artes, saberes,
entre outras coisas, haveres,
pertinácia bem voraz,
de quem, de tudo é capaz,
com perfídia, insinuação,
convencidos… sem razão!!!...


… qual Alice esfusiante,
num País de brincadeira,
coelho com relógio, cartola,
rainha déspota, foleira,
cartas de brincar, como escolta,
maravilhas mirabolantes,
falando ao mesmo tempo,
sem juízo, entretenimento,
numa pressa que desfaz,
numa fúria que não contém,
desmedida, quase sombria,
corrida louca, um vaivém,
aríete que se atira,
reviravolta que se solta,
imbecilidade com que se fica,
quando se pensa… medita!!!...
no que temos à nossa volta!!!...

… quase um crime, pesadelo,
enrolados neste novelo,
debitando o que nos vem,
dando a outros, a alguém,
o que sentimos, com desdém,
com entrega, devoção,
consoante a formação,
o que fazemos no momento,
dando alma, sentimento,
pedaços de nós, também,
bocadinhos que nos apoucam,
quando os deixamos, quando voam,
sem destino, a parte incerta,
enquanto o cinto… se aperta!!!...

… maravilhas que sobram,
que arruínam, desiludem,
quando há gentes que se portam,
quando escrevem, assumem,
papel diverso e tonto,
Alices desmesuradas, enlouquecidas,
como entretém, contraponto,
lutas bem descabidas,
numa harmonia inexistente,
calcando vontades e gente,
maravilhas fictícias, de espantar,
quando fazem, desfazem,
quando acabam por inventar,
o que já foi escrito, pensado,
noutro sítio, noutro local,
não correm, não pensam, não agem,
pensamento incerto, desmesurado,
de quem já está instalado,
cantando o mesmo fado,
num Paraíso encantado,
de plástico… falsificado!!!... Sherpas!!!...

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