terça-feira, 2 de outubro de 2007

... a flor do... consumismo!!!...

... de muito antes!!!...



...não se deixem arrastar, deixem-nos lá falar, é melhor não se irem em cantigas, lembrem-se do canto da sereia que, com sua voz maviosa, lá ia lixando os companheiros do Ulisses, segundo reza a lenda da mitologia grega, mais propriamente, a Odisseia, escrita por Homero...de boas intenções e com boas (perversas e falsas), palavras está o inferno cheio e vão-se amanhando, sempre os mesmos, os bacocos bem instalados que tratam a turba molta, como jumentos incapazes de utilizarem, com proveito próprio, o que todos temos em comum, a massa cinzenta...é tempo de colocar as pintas nos is, dar-lhes a entender que, sem o colectivo, não há grupo económico, por muito forte que seja, que se aguente e...a tanga, a maldita crise, transformada em recessão ou em smoking esburacado, para inglês ver, que termine...que ponha um ponto, no parágrafo com final, que arrume de vez esta situação e que nos dê um respiro de alívio, aos de sempre e de credibilidade, ao governo, ao mau governo que teima em manter maus ministros, os incompetentes e os mesquinhos, os que trabalham em proveito dos grandes grupos económicos privados, esquecendo as suas obrigações morais para com o País, para com todo o Povo, os que são maus ministros, porque incompetentes e os que, nunca lá deveriam ter entrado porque, sem moral nem ética, só arranjam trapalhada atrás de trapalhada...mas, tudo isto a propósito das falsas promessas que, os que vendem trapos ou sapatos, comestíveis ou detergentes, dinheiros ou seguros, máquinas ou maquinetas, virtualidades com imagens ou com sons polifónicos, lhes tentam impingir de qualquer maneira, a seu modo, enganando, vigarizando, pensando no lucro fácil e vultuoso, rapinando-os, como papalvos que se vão na conversa, iludidos, espoliados, perante a flor formosa e cheirosa que lhes apresentam, a pílula doirada:
- Num jardim multicor/pleno de aromas, de odores/crescia uma rara flor/dona e senhora de amores/de milhões de adolescentes/que, ao passarem, cheiravam/e ficavam incandescentes/amolecidos, românticos/com cara de inocentes/apalermados, pasmados/com tanta e grande paixão/que os enchia de ilusão/pelos elevados sentimentos/tão nobres e aglutinantes/que sentiam, por momentos/fazendo esquecer sofrimentos/ou outras dores gritantes/mais ou menos sonantes/das suas piegas lamúrias/e os concertos dos cantantes/que tanto idolatravam/que esqueciam e logo amavam/aquela raríssima flor/senhora de rico aroma, sabor/de belo recorte, um amor/singular na forma, singela/de cores simples, tão bela/marco duma pausa calmante/que os alegrava, confortante/tanto prazer lhes dava/que os trazia amarrados/e algum mal lhes causava/por, de tão entusiasmados/se sentirem manipulados/por aquela rica flor/raríssima na forma e na cor/com tão agradável odor/que, quanto mais se possuía/mais falta lhes fazia/os transportava à loucura/provocando tanta procura/que pouco a pouco os consumia/numa tristeza, sem alegria/arrastando-os para o fundo/duma carteira bem vazia/aos jovens de todo o Mundo/que, na flor do consumismo/gastam os trocos, sem tino/com uma paixão desmedida/como se lhes acabasse a vida/tão depressa, tão de repente/e deixassem de ser gente/com um cérebro, uma mente/gente equilibrada, decente/com senso prático, consciente!...
...depois, bem, depois, já é tarde e, quando mal nos precatamos encontramo-nos com uma mão cheia de nada, uma à frente e outra atrás, começam as dificuldades porque, casa onde não há pão, todos ralham, ninguém tem razão...antes que seja tarde, ponham-se de pé atrás, desconfiem das facilidades, dos populismos fáceis e demagógicos, utilizem a cabecinha, a tal cabecinha pensadora...o consumismo desregrado, viciante, sem controle, dá sempre bota, ficamos sempre com os burros na água e, as vítimas, são sempre as mesmas...olhem à vossa volta e vejam que, nas casas de luxo, nos carros de elevada cilindrada, os de topo, nas viagens de sonho, não há crise, as vendas até aumentaram enquanto que, com os anónimos e vulgares cidadãos, os insignificantes, é um apertar de cinto que até faz ranger os dentes...País, pobre País, para onde vais com tantas discrepâncias e disparates???...


... sherpas!!!...

Sem comentários: