quinta-feira, 25 de outubro de 2007

... falar do... género!!!...




… falar do género,
do másculo, do macho, do férreo,
do toureiro, do avinhado… de cabelo no peito,
com gestos, com jactâncias, com trejeitos,
sem jeito,
do fala barato, desenrascado,
aldrabão, obcecado,
não dando crédito, não passando cartão,
do sensível, com sentimento,
convencido que está, mais elevado,
do endinheirado,
sem um pingo de… formação,
para mim, para tantos,
é perda de tempo,
contratempo,
um dó, uma pena,
um choro, uma condena,
pura comiseração,
sensação… deturpação,
engano, descuido… tamanho!!!...

… quantas fortalezas destas,
noutras alturas… fora de festas,
quando pequeninos, diminuídos,
menos assumidos,
por dores, por chagas, réstias,
corjas despojadas,
postas de lado, esquecidas,
sem norte, perdidas,
reduzidas à sua humanidade,
com verdade,
sofridas, pura calamidade,
dando o dito… por não dito,
com raiva,
num minuto, bem medido,
se despojam daquela capa,
daquele forte… enfraquecido,
quando o sentimento, se lhes escapa,
chorando, se confessam,
se entregam… se negam!!!...

… todos, sem excepção,
é a minha opinião,
somos homem, somos mulher,
tal como se quer,
sem distinção,
como deve… pela origem,
filhos duma Eva, dum Adão,
predestinado filho dum José, duma Virgem,
dum macaco, duma evolução,
pelo sim, pelo não,
mais ainda, para os que crêem,
quando vêem,
que são… como são,
não fortalezas, tão pouco… machões,
simples aldrabões,
convencidos, rendidos,
perante factos, argumentos,
fora de festas, não avinhados,
diminuídos, envelhecidos,
nalguns momentos,
já esperados… desesperados,
somos mães, somos pais,
como todos nossos iguais,
numa indefinição constante,
misturados,
bem amalgamados,
sensíveis… quando críveis!!!... Sherpas!!!...

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