sexta-feira, 26 de outubro de 2007

... errar é humano!!!... (antiga)

...pequenos erros, falhas, imprevistos, descuidos, enganos, o que lhes queiram chamar, é próprio do ser humano, é admissível, é compreensivo, justifica-se até, aceita-se, não se faz caso...afinal todos erramos, todos somos falíveis, não há os de certezas absolutas, os seres superiores, ao nosso nível, somos todos iguais mas, infelizmente, continuam a existir, abençoados pelo sistema vigente, os que são mais, tal como no triunfo dos porcos de George Orwell...como ele conhecia, e bem, a nossa espécie, triste espécie onde abundam tantos mentirosos e vigaristas que cá se vão safando, mesmo contra ventos e marés, porque teimam... eles teimam mas, a memória não é curta e, eu creio muito no ditado que diz que cá se fazem, cá se pagam...porque será???... Tenho, na minha madura vivência, observado tanta COISA que me leva a acreditar que, embora não praticante, há qualquer COISA DIVINA, ou o que Lhe queiram chamar, que se encarrega de pôr as COISAS no devido lugar, mais tarde ou mais cedo, de emendar os erros que se cometem, quando os que os cometem, não possuem a hombridade suficiente para reconhecerem as suas falhas, os seus erros, como o jardineiro que, descuidadamente, colocou:

- Uma flor, isolada/num jardim maravilhoso/é como uma fada/sem o Dom poderoso/de tudo transformar/de tudo embelezar/de dotar de poderes/todas as coisas, todos os seres/de maravilhar, pela beleza/uma parte da natureza/de enriquecer seu recanto/dando risos a um pranto/é um hino inacabado/num canto já começado/é uma pobre duma flor/sem companhia, com muita dor/é a triste solidão/para quem deseja um irmão/é a pujança da cor/num corpo sem ardor/é como uma fonte/sem água, no monte/é ter um mau destino/dum fado em desatino/é a angustia do belo/isolado, como um castelo/é uma imensa campina/um verso sem rima/é como um rochedo/tenebroso, que dá medo/é parecida à tempestade/rápida, que finda tarde/é uma desunião/dum amor sem paixão/é uma flor tão bela/mas isolada no jardim/tal como, numa janela/um vaso perto de mim/sozinho e mal regado/posto ao sol, posto de lado/sem graça e esquecido/ali colocado, como que perdido/tal como a flor/ sem uma irmã, sem um amor/sem eira, nem beira/num qualquer canteiro/sem uma companheira/todo o dia, o dia inteiro/naquela imensidão/do jardim que se espalha/na grande solidão/por causa duma falha/do zeloso jardineiro/que cometeu este erro/porque não viu, primeiro/antes de a pôr...
naquele aterro!...

...pobre da flor, ser vivo, isolada, mal colocada, de beleza murcha porque, de só, se sentia mal, naquele jardim, longe dele, afastada, sem nenhuma companheira por perto...passa com todos, por nossa culpa ou por culpa de terceiros, quando erramos e assumimos, crescemos, somos gente, quando nos consideramos invulneráveis e não admitimos os nossos próprios erros, diminuímos, somos uma COISA qualquer, sem crédito, sem valor, mais baixo do que qualquer anónimo e vulgar cidadão, insignificante, deste País, o nosso, Portugal, o incendiado, onde, agora, no pasa nada...porque será???... Sherpas!!!...

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